Descrição:
É engraçado ver como muita gente tem vergonha (ou medo) de dizer que um filme descompromissado, cômico e teen, é bom, ou pelo menos, legal. É fácil dizer que em certos filmes não há arte, técnica e talento dos grandes nomes do cinema. Mas falar que tais produções que não têm nada disso são divertidas, ah isso é difícil. É desse tipo de filme, sem compromisso, que se trata “Ela é o Cara”, de Andy Fickman. Com um trailer engrassadíssimo e uma temática não usual, mas batida, o longa faz rir.
A esforçada jovem atriz Amanda Bynes vive Viola, uma adolescente apaixonada por futebol e que tem no esporte seu maior talento. A mãe, obviamente, não gosta da idéia e sonha com o baile de debutantes da filha, para mostrar para sociedade a linda e delicada moça que criou, e se alegra quando descobre que o time de futebol onde a filha estuda foi cancelado. Já Viola, que sempre desejou entrar em um time para provar seu talento, resolve se disfarçar como seu irmão gêmeo, que vai passar umas semanas fora, e tomar o lugar dele durante os primeiros dias na nova escola, já que ninguém ainda o conhece. Assim, sendo um menino, ela poderia finalmente jogar uma partida de futebol no time titular do colégio do irmão.
Daí por diante muita confusão vai acontecer. E como em todo filme adolescente de comédia, inúmeros personagens coadjuvantes aparecem para ajudar ou atrapalhar os planos da protagonista. E, claro, ainda tem os romances. Nesse caso, a menina (que agora é menino) se apaixona pelo colega de quarto, que é o capitão do time e apaixonado pela garota mais bonita da faculdade, que por sua vez vê em Viola (disfarçada de Sebastian) algo que nenhum outro rapaz tem, se apaixonando por ele, criando uma rixa com real namorada do verdadeiro irmão de Viola, que nada sabe o que está acontecendo.
Enfim, a típica comédia adolescente, que apesar de parecer descartável, não é fútil e consegue fazer rir com situações inusitadas e diálogos engraçados. A única desvantagem é o elenco. Forçado e sem talento, foi uma escolha arriscada por serem jovens atores e atrizes. Amanda Bynes, em seu sexto filme, não convence. Divertida e simpática, infelizmente a atriz não é natural, além de estar caricata o suficiente, cheia de expressões e caretas, para incomodar o público, que tem que se acostumar com isso ao longo do filme. Também não há nenhum destaque maior entre os outros personagens.
Feito para fazer rir. Basicamente é essa a função de “Ela é o Cara”. Louvável por não cair na mesmice e trazer piadas realmente engraçadas e não banais, o filme cumpre seu papel, sem destaques e sem rodeios. Não vai mudar o mundo, nem pretende, mas quem sabe lá no fundo pode haver uma mensagem: não desista do seu sonho e prove seu talento. Quem sabe… talvez. Mesmo assim, vale a pena assistir
Coment�rios